Numa Sociedade em que as questões relacionadas com o desenvolvimento sustentável assumem um papel preponderante, assiste-se ao repensar da organização e desenvolvimento do património edificado. Soluções antigas parecem novas, sendo que as actuais se revelam obsoletas. A construção passa a ter que contemplar critérios de integração ecológica, modernidade e sustentabilidade. Ora, para a Arquitectura o mesmo se passa, sendo a construção em terra crua um momento eficaz na inflexão da tendencia poluente e agressiva que a era contemporânea constitui. Os limites impostos na emissão de monóxido de carbono (CO) para a atmosféra, e a tendência para o cumprimento do Tratado de Quioto, levam a que a terra crua se reafirme no panorama construtivo da actualidade.A presente obra serve para se (re)iniciar o estudo da construção com um material que foi praticamente esquecido, ensinando não apenas a vertente da técnica operativa em si, mas sim, apontando também, no sentido da prática conceptual para o entendimento do projecto de arquitectura, recorrendo ao meterial "terra crua". Velhas técnicas parecem novas, e as tradições constituem-se como novos desafios.